Quando falamos sobre comida, nem sempre imaginamos a dimensão
histórica e cultural que um simples fruto pode ter. No caso da banana, o uso e
o fácil acesso a esse gênero alimentício se mostram como uma das mais típicas
características da economia natural e agroexportadora do continente americano.
No século XX, vários países da América Central ficaram conhecidos como sendo
parte integrante da chamada “República das Bananas”.Essa relação entre a banana
e o continente americano, na verdade, é bastante antiga. Ao chegarem ao Novo
Mundo, os colonizadores europeus logo perceberam que as bananeiras abundavam em
nossas terras. O clima quente e úmido fazia com que o fruto estivesse sempre
disponível, sem que fosse necessário um planejamento rigoroso ou o emprego de
técnicas agrícolas mais elaboradas. Ainda hoje, ela serve como base alimentar
de muitas famílias habitantes de países americanos mais pobres.Seguindo a
lógica de exploração do sistema mercantilista, os comerciantes do Velho Mundo
tinham pouco interesse em explorar comercialmente uma riqueza de tão fácil
obtenção. O grande lance era investir em gêneros agrícolas que tivessem preços
elevados e que, por isso, garantiam uma polpuda margem de lucros à burguesia
mercantil europeia. De fato, a pobre banana era o indício cabal de que a antiga
lei da oferta e da procura tinha lá suas razões.Com o passar do tempo o preço
da banana acabou sendo naturalmente incorporado ao nosso vocabulário
financeiro. Toda vez que encontramos um produto “a preço de banana”, temos a
certeza que pagaremos bem pouco naquele bem que tanto desejamos. Em tempos de
pouca grana, nada melhor que pagar valores módicos que nos lembrem o precinho
convidativo de um cacho de bananas!
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
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Graduado em História
Equipe Brasil Escola
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